É preciso criatividade para trabalhar no desenvolvimento sustentável estruturada nos 3 Ps: People, Planet and Profit.
Entendemos que sustentabilidade não é mais uma vantagem competitiva, mas sim uma questão de sobrevivência. Portanto, deve se fortalecer não mais como uma onda fashion, mas sim como um movimento estruturado e bem articulado. Não como notícia, mas como uma forma de transformação. Precisaremos de plataformas de sustentabilidade e modelos de gestão com soluções práticas e projetos.
Pensar a construção sustentável é pensar se daqui há 10 ou 20 anos ela estará adaptada às condições e demandas ambientais e econômicas locais. As instalações para a captação de água de chuva para a utilização em vasos sanitários, limpeza de áreas externas, molhagem de plantas, pomar, horta e etc., pode parecer uma instalação cara nos parâmetros de hoje, porque podemos dizer que água ainda é um bem farto e barato em muitas regiões do Brasil.
Entretanto, nossa reflexão não só para o consumo de água, mas também de energia e recursos escassos, deverá ter uma perspectiva de médio e longo prazo, com uma visão estratégica e análise criteriosa diante da tendência de aumento da população, do adensamento dos centros urbanos, e do consumo mal gerido no presente, se estes recursos estarão disponíveis e aos custos praticados hoje, ou se veremos um encarecimento devido ao desequilíbrio da equação oferta e demanda futura.
Trata-se de uma mudança de postura onde cada ser humano deverá ser responsável por si próprio, pelas pegadas que emite no planeta e assumir a responsabilidade pelos níveis de consumo de água e energia, assim como, pelos resíduos que gera e produtos que consome. Nosso papel é de cidadania.
Portanto, adotarmos deste já, práticas sustentáveis e de reaproveitamento de resíduos, fará com que tenhamos uma mudança cultural e social gradativa e harmônica, antes que sejamos coibidos por lei a uma transformação radical.
O mais importante é abraçarmos a causa com pequenas mudanças hoje que no futuro farão grande diferença, e nos deixarmos contaminar pela onda positiva da redução de consumo e mitigação de impactos sobre a natureza, que por fim, atentam contra a nossa própria vida neste planeta.
A questão é que hoje as indústrias e os fabricantes de materiais de construção já estão se adaptando a esta tendência e com práticas de sustentabilidade ofertando às pessoas opções de escolha que antes não estavam disponíveis em escala industrial. Portanto, basta escolhermos um mundo mais harmônico.
A responsabilidade pelos produtos que consumimos e resíduos que geramos deve fortalecer as indústrias que hoje atuam na reciclagem e na produção de materiais sustentáveis que já se adaptam perfeitamente às nossas necessidades construtivas.
Outro questionamento que as pessoas possuem é quanto à questão estética, a EcoConstruct defende a idéia de que não basta ser sustentável do ponto de vista da ecologia, mas também deve auxiliar na criação de um ambiente charmoso, harmônico, belo e durável. Sabemos que a beleza e harmonia exterior contribuem também para uma vida mais bela e harmônica interior. Além disso, os materiais devem ser duráveis, caso contrário por mais que o material seja sustentável ele estará contrapondo o pilar do equilíbrio econômico das construções.
O grande desafio hoje para aplicar estes conceitos interessantes e simpáticos à nossa vida prática é que as informações estão dispersas, portanto, o objetivo estratégico da EcoConstruct é ser o centro de referência nacional e internacional que irá concentrar informações e tecnologias para a utilização de forma adequada e sustentável da construção Green.
A EcoConstruct Brazil nasce completamente sustentável para ser o eixo propulsor desta maravilhosa mudança, para um mundo melhor e mais harmônico, sem hipocrisia e radicalismos, ninguém tem que morar em árvore, ou viver ser conforto para ser ecologicamente correto. Basta ser responsável pelas escolhas e realizar seu potencial para ser o melhor que pode ser em essência.
Enga. Cristiane Silveira de Lacerda – Diretora Geral – EcoConstruct Brazil
